Você está lendo esse artigo por um computador ou pelo celular?
O assunto do post é justamente o impacto da mudança de comportamento nos últimos anos, onde os dispositivos móveis são responsáveis pela maior parte do tráfego.
Por isso é tão relevante ajustar nossas estratégias para uma visão “mobile first”, ou seja, design e experiência do usuário pensando na tela do celular como a principal.
Os dados históricos mostram que, em 2017, o tráfego de dispositivos móveis era tão grande quanto o de computadores desktop. Desde então, com algumas oscilações, percebemos que a maior parte dos acessos à internet é feito pelo celular.
Mais de 54% do tráfego vem do MOBILE, de acordo com dados do último trimestre de 2021. Isso prova o quanto precisamos ajustar a experiência do uso dos sites e lojas para esses dispositivos, para alcançar a maior parte do público.
Se você ainda não sabe se a sua loja tem mais tráfego vindo de computador ou celular, isso é bem fácil de descobrir pelo Google Analytics. (quem ainda não tem a conta do Analytics ativada, pode aprender como configura-lo nesse tutorial).
Ao acessar Relatórios > Tecnologia > Visão Geral da Tecnologia no Google Analytics 4, você poderá obter insights importantes sobre o uso de diferentes dispositivos no seu site.
A imagem abaixo é um exemplo real que reflete o cenário de muitos e-commerces atualmente, no qual a maior parte dos acessos vem do dispositivo móvel:
Fizemos um compilado dos dados mais importantes sobre a origem de tráfego online por dispositivo, para ajudar a entender como a experiência dos nossos clientes reflete em resultados como número de pedidos, tempo de permanência, taxa de conversão e muitos outros.
Em relação aos pedidos gerados em lojas virtuais durante o ano de 2021, o tráfego mobile é responsável pela maior parte. É que aponta o relatório Webshoppers 45, do qual retiramos os gráficos a seguir.
Dados mais atualizados do primeiro quadrante de 2022 apontar números ainda mais expressivos: a distribuição de tráfego foi de 64,51% no mobile e 35,49% no desktop (fonte Similarweb | Snaq).
Além disso, uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o Brasil ultrapassou a marca de 1 smartphone por habitante, com mais de 220 milhões de aparelhos ativos.
Com tantas pessoas acessando e comprando pelo celular, uma nova forma de abordar esse universo é o termo m-commerce, se referindo especificamente ao comércio de itens via dispositivos móveis.
No Brasil os números são semelhantes. Em maio de 2021, o tráfego mobile atingiu a marca de 54%. Confira os dados do ano anterior no gráfico abaixo:
Isso pode ser explicado pela maior acessibilidade aos planos de internet móvel garantindo a digitalização para classes C e D.
De acordo com dados divulgados pelo estudo do SEMRUSH, os usuários passam, em média, 40% menos tempo no site quando acessam pelo celular.
Então será que vale a pena investir no mobile se as pessoas passam menos tempo? Para responder esse pergunta precisamos entender porque existe esse comportamento. Por um lado, existem ações que são realmente mais difíceis ou limitadas para fazer pelo celular, por ter uma tela menor e controles baseados no toque.
Mas também existe o fato de que a existem muitos sites que não foram devidamente otimizados para esses dispositivos. Então o usuário enfrente desafios como a demora de carregamento, dificuldade para navegar pelos controles do site, até mesmo recursos que não funcionam corretamente.
E ainda assim, as pessoas podem ser menos pacientes ao navegar pelos seus smartphones, esperando respostas mais objetivas e rápidas. Além da tendência de passar sessões consecutivas mais longas ao navegar por computadores desktop.
As pesquisas feitas em mecanismos de busca também diferem dependendo do dispositivo. Afinal, quando uma pessoa está usando o celular para fazer uma busca, geralmente tem um objetivo mais específico e/ou menos tempo disponível para ler informações até atingir sua meta.
Por isso vale a pena criar chamadas para ação mais claras e processos ágeis para usuários de dispositivos móveis. Pois eles são maioria:
Por isso, se você quer aprimorar o desempenho orgânico do seu site nas buscas feitas pelo celular, precisa entender seu posicionamento real no mobile. Ferramentas como o SEMRUSH exibem dados distintos por dispositivo.
Você sabia que 1 a cada 5 minutos de todo tempo consumido em mídia digital é gasto em sites ou aplicativos de mídia social? De acordo com dados de Smart Insights com Marketing Land, 80% da navegação das redes sociais é feita pelo celular. Por isso, ao produzir conteúdo para redes como Instagram, Facebook, TikTok, LinkedIn e outras, tenha em mente que esse conteúdo será consumido, em maioria na tela do dispositivo móvel.
Além disso, a Comscore divulgou que mais de 70% das visualizações no Youtube tem origem no mobile. Isso demonstra que seu conteúdo em vídeo deve ser facilmente compreensível e legível em diferentes tamanhos de telas. Além disso, a visibilidade de anúncios em vídeo é maior no dispositivo móvel (83%) do que em computadores (53%) – de acordo com Business2Community.
Podemos concluir que, quando o assunto é conteúdo social media e vídeo, é preciso pensar em formatos de consumo adequados ao celular. Com a ascensão dos Stories, Tiktok e Reels, o vídeo vertical totalmente imersivo de tela inteira é a tendência mais marcante dos últimos anos.
Agora, como já percebemos em tópicos anteriores, os usuários tendem a ser mais rápidos nos acessos e pesquisas pelo celular. Isso impacta uma das métricas mais importantes sobre consumo de conteúdo, a taxa de rejeição.
De forma simplificada, a taxa de rejeição representa a porcentagem de pessoas que deixa um site em poucos segundos logo depois de entrar nele.
Confira esse gráfico que mostra a evolução da diferença da taxa de rejeição no mobile ao longo de 2020:
As pessoas passam por sessões mais curtas ao utilizar o telefone celular para navegar. Ainda assim, acessos pelo celular ocorrem dezenas de vezes ao dia. Em qualquer pausa, para tomar um cafe, ver as horas ou passar o tempo em uma rede social, as pessoas usam o celular por muitos minutos ao longo do dia.
Se somarmos essas curtas e frequentes visualizações, teremos horas de navegação em um dia. Isso explica o aumento do tráfego e a duração das sessões com origem em smartphones.
Mas existem estratégias que podem ajudar seu site a ter um melhor desempenho nesse dispositivo:
Com isso, podemos entender que investir em uma boa experiência de uso pode fazer com que seu aplicativo ou site seja mais recomendado a outros usuários.
Algumas pesquisas mostram que a taxa de conversão é menor no mobile. Como mais pessoas estão acessando e comprando menos, podemos deduzir que a experiência de compra nos dispositivos móveis ainda não esteja tão otimizada para que o usuário finalize pedidos com facilidade.
Por isso é tão importante melhorar o processo de checkout mobile para obter um crescimento na taxa de conversão.
Esses dados nos ajudam a tirar conclusões importantes sobre a realidade do comércio eletrônico. As jornadas de compra são mais complexas e multicanais, e as empresas precisam se adaptar a isso. O uso do celular no processo de fechamento de compra está se tornando mais presente, seja para realizar pesquisas e avaliações pelo celular sobre um produto ou serviço adquirido em local físico, ou a comparação de preços online antes da compra offline.
Além de acessar sites pelo navegador do celular, as pessoas podem fazer comprar por aplicativos para Android ou IOS,
Provavelmente a otimização de comandos, funcionalidades e checkout nos apps seja mais eficiente do que em sites otimizados. Por isso muitos marketplaces líderes do mercado investem em seus aplicativos e promovem descontos especiais para esse canal, por exemplo, Magalu, Shopee, Mercado Livre, Americanas, etc.
Com todos esses dados é impossível negar: otimizar sua loja ou site para uma melhor experiência impacta diretamente os resultados do negócio.
Você já avaliou o caminho que seu cliente faz para fazer uma compra pelo celular? Já sabe dizer se é tão simples quanto no computador? Essa análise mobile vs desktop é indispensável para garantir uma boa experiência em todos os canais.
Confira essa checklist dos pontos mais importantes para avaliar o UX móvel. Assim você terá mais facilidade de definir onde precisa investir em melhorias.
Um bom site mobile precisa ser rápido, fácil de navegar, sem dificuldade para ler ou acessar os botões por meio do touchscreen.
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